segunda-feira, 30 de abril de 2012

Ode ao nosso herói e mestre Ayrton Senna (1960-1994) (Por, Maurício Simões)


São dezoito anos sem ele. O perdemos de forma cruel, injusta e inesperada. O maior de todos, o mais talentoso, arrojado, polêmico na pista e sem dúvida nenhuma, o maior motivo para um povo sofrido e pobre sorrir.
Mas que em uma curva, viu-se este sorriso se apagar. Tão cedo para perdermos um heroi. Só que a vida nunca é justa. Um povo que tinha um motivo de se orgulhar do seu país, se viu sem nenhum motivo após aquele 1º de maio de 1994, o fim de uma trajetória de sucesso absoluto de um brasileiro, acima de tudo.

Ayrton Senna foi um dos raros seres que empunharam a bandeira do Brasil, mesmo quando o país estava vivendo uma situação vergonhosa demais para se declarar brasileiro.
Tudo começou em 1984, na equipe Toleman. Seus primeiros pontos vieram no GP da África do Sul, em Kyalami. Mas os primeiros lampejos de genialidade vieram onde ele seria rei, em Mônaco. Mesmo saindo de 13º lugar, Senna foi avançando e ultrapassando os rivais, chegando ao segundo lugar, mas com tanta chuva que caía, a prova foi encerrada antes e confirmou um 2º lugar no pódio histórico com um carro muito limitado. Ayrton se destacou na equipe britânica e, no ano seguinte, foi contratado pela Lotus.



E na sua segunda corrida pela equipe conquistou sua primeira vitória, no GP de Portugal, em Estoril. Detalhe: foi nas condições em que ele se mostrava mais genial do que nunca, na chuva. O brasileiro terminou em 4º lugar no Mundial de Pilotos de 1985 e 1986; e 3º em 1987, sendo que Senna sempre esteve na briga pelo título em todos estes Mundiais.
Em 1988, Ayrton foi para sua maior parceira: a McLaren, onde ele atingiu o ápice de sua qualidade como piloto, e também nas polêmicas com a FIA e com seu companheiro de equipe Alain Prost, até o fim de 1989. Logo de cara, Senna foi campeão mundial na equipe inglesa, com 8 vitórias em 16 provas (um recorde à época).

 Em 1989, as coisas ficaram feias para o brasileiro. Senna esteve atrás de Prost durante o campeonato. O francês poderia ser campeão no GP do Japão, mas se Ayrton vencesse, o título ficaria para o GP da Austrália. Mas na chicane Casio, a batida mais polêmica dos últimos 30 anos rolou entre Prost e Senna. Sendo que ‘o Professor’(como era conhecido Prost) abandonou, e o brasileiro seguiu na prova, mas voltou para pista de forma ‘irregular’ com alegaria a FIA, desclassificando Ayrton Senna, e dando o título para Prost.
Em 1990, Senna seria bicampeão do mundo, após outra polêmica colisão com Prost. Na largada, ao entrarem na primeira curva, Prost estava na frente, mas Senna pôs sua McLaren ao lado da Ferrari do francês e ficou com a tangência, mas ‘seguiu reto’ e colidiu com o ex-companheiro de time. Os dois abandonaram e Ayrton Senna era campeão.



Em 1991, Ayrton Senna estava em uma forma espetacular, e voltou a dominar o Mundial com certa facilidade até, conquistando 8 vitórias em 16 provas de novo. Foi tricampeão no Japão, e quando era ameaçado por Nigel Mansell, o único que podia evitar o tri de Senna no Japão, o inglês passou reto e parou na terra e teve que abandonar, garantindo o terceiro mundial do brasileiro. No fim, Senna cedeu a vitória à Gerhard Berger, seu parceiro de McLaren. E foi nesta temporada que Senna venceu no Brasil pela primeira vez, o brasileiro teve diversos problemas no carro, e teve que se superar para vencer em casa. Senna teve que ser carregado pela equipe médica, devido o esforço extremo do piloto na corrida.
Já em 1992 e 1993, Senna teve diversas dificuldades com o carro, e não teve nem chance de ser campeão pela quarta vez. Ayrton foi só o quarto colocado no Mundial de 1992. No ano seguinte, Senna teve seus últimos lampejos de gênio e suas últimas vitórias. Venceu com muita sorte e competência no GP do Brasil. Venceu genialmente o GP da Europa, em Donington Park, Inglaterra. Esta que foi uma de suas melhores corridas em sua carreira, dando volta em praticamente todo mundo. E teve a sua última vitória na vida, na F1 e na McLaren, no GP da Austrália, em Adelaide. Venceu com tranqüilidade até.
E em 1994, foi para a Williams, até então, o melhor carro. Mas a FIA o sacaneou de novo. Baniu todos os equipamentos eletrônicos que tinha até 1993. O carro da Williams parecia incontrolável, tanto que mesmo fazendo poles, Ayrton não completou nenhuma das provas que largou.
Mas a polêmica prova de Ímola, em San Marino, rondou desde os treinos de sexta, quando Rubens Barrichello decolou e enfiou o carro na barreira de pneus. Por sorte, não teve nada de grave. Mas o pior veio no sábado, quando Roland Ratzenberger morreu num acidente fatal.

 E Senna não queria correr no domingo. Então aconteceu o pior. Na sétima volta, Senna foi passar pela curva Tamburello, mas estranhamente, sua barra de direção quebrou e Ayrton perdeu o controle do seu carro, e se chocou violentamente contra o muro. Detonando a roda e a suspensão, que atingiu a cabeça de Senna.
Uma grande fatalidade, pois a batida se deu no ângulo perfeito para que acertasse a cabeça dele. Se o ângulo da batida fosse 15 cm mais acima ou abaixo, Senna sairia a pé de seu carro para os boxes.
Ayrton, Ayrton, Ayrton Senna, do Brasil! Foram 41 vitórias, 65 poles, 80 pódios, 162 GP’s e 3 títulos mundiais.
18 Anos sem Senna. Aqui fica a minha homenagem a ele. Embora eu não seja da época dele, eu tive o prazer de ter conhecido a sua história. O Maior de Todos, sem dúvida. 

 






por @MauricioCola Maurício Simões --> Colunista FOI FOI ESPORTES

0 comentários:

Postar um comentário

 
Design by Wordpress Theme | Bloggerized by Free Blogger Templates | coupon codes